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Foto do escritorGrupo de trabajo Orcas

Orcas FriendSHIP: Novo Projeto de Proteção e Conservação das Orcas Ibéricas


O projeto idealizado pela Coordenadora para o Estudo dos Mamíferos Mariños CEMMA foi finalista da convocatória 'Santander for the seas' 2022.


Este projeto está entre os três escolhidos para financiamento pela segunda edição do programa 'Santander for the Seas' da Fundação Banco Santander para proteger mares e oceanos.


O projeto, que o CEMMA começou a desenhar em conjunto com o GTOA Atlantic Orca Working Group em 2020 como resultado das interações das orcas com os veleiros, visa criar ferramentas de divulgação e educação ambiental que promovam a informação sobre a espécie, a permeabilização do seu interesse ambiental e, em última análise, contribuir para a sua conservação.


A orca


A orca (Orcinus orca) é uma espécie de ápice e predador marinho cosmopolita. A subpopulação que habita a Península Ibérica está relacionada com as que habitam as águas das Ilhas Canárias, estando ambas geneticamente isoladas das populações que habitam as águas da Noruega e Islândia. Durante a primavera e o verão, esta subpopulação ibérica alimenta-se principalmente de atum rabilho (Thunnus thynnus) no Estreito de Gibraltar. Estamos a falar de um pequeno núcleo populacional, constituído por menos de 50 espécimes adultos, agrupados em 5 núcleos familiares, que apresentam várias ameaças à sua conservação, como a interação com a pesca, escassez de recursos alimentares e reduzida taxa de natalidade e sobrevivência. Desde 2020, as orcas ibéricas estão envolvidas num novo comportamento, completamente desconhecido da comunidade científica, e do qual não há registo em mais nenhuma parte do planeta. É uma série de interações com barcos, principalmente veleiros, que envolvem contato físico com os barcos. Em certas ocasiões houve danos significativos, pelo que os barcos ficaram fora de controlo e tiveram de ser resgatados para serem rebocados para o porto. Nesta época já morreram dois espécimes, ainda por causas desconhecidas, mas isso não acontecia com tanta frequência nos anos anteriores. Até ao final de 2021, foram registadas um total de 239 interações, o que preocupa tanto os velejadores como a comunidade científica. O tratamento de alguns meios de comunicação, e a transmissão de informação imprecisa, gerou um certo alarme social entre os utilizadores do mar (desportos náuticos, pescadores...) e na sociedade em geral, atingindo um impacto muito negativo quer na perceção da espécie e na projeção social para sua conservação. É por isso que sob o princípio de que só se conserva o que se ama e só se ama o que se conhece, procuramos fornecer informação que contribua para a conservação da espécie.


Essas orcas que interagiam com os navios eram coloquialmente chamadas de "GLADIS", que vem do termo "gladiadores", em homenagem ao nome científico que o naturalista francês Pierre Joseph Bonnaterre (1752 - 1804) deu à espécie em 1789: Orca gladiator, dentro de sua proposta de classificação sistemática dos cetáceos.


O projeto


Dentro desta proposta de projeto, decidiu-se manter o termo FRIENDSHIP, realizar uma série de ações voltadas para esta subpopulação de orcas, que constituem um exemplo de luta pela sobrevivência e conservação, jogando com as palavras entre amizade e barco, para tratar para reduzir a tensão com este setor. Além de materiais úteis para as redes sociais da RRSS, como página web, vídeos, textos e imagens, haverá a elaboração de materiais informativos amplamente divulgados e utilizados nas oficinas que serão realizadas para as diversas faixas etárias do público. Terá matérias ilustradas por cartoonistas: Pepe Carreiro, com Os Bolechas, Manel Cráneo com a personagem da detective ambiental Carmela Orzán ou a revista naturalista SALSEIRO, desenhada por Tokio. Este conjunto de materiais servirá para os workshops que decorrerão por todo o país desde Gibraltar a Hondarribia.

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