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Interações

Recomendações

Mapa de risco

Atenção: o mapa não é uma informação oficial dos serviços de salvamento ou tráfego marítimo, é simplesmente uma recomendação feita pelo GTOA com base nas informações recebidas dos navegadores e das autoridades marítimas, sobre interações e avistamentos. Consideramos válido por 24 horas por segurança ou até novo aviso.

Na presença de orcas

  • Se  for possível nas condições do mar e localização, abrandar, parar o motor, (recolher as velas), desligar piloto automático e deixar o leme solto.
     

  • Contactar por Rádio 112/canal 16 ou o responsável da área (Tarifa 10; Tânger 69; Fisterra 16).
     

  • Tirar as mãos da roda do leme e não tocar na mesma, excepto para se afastar de qualquer parte do navio que possa cair ou girar bruscamente.
     

  • Se for possível desligar a ecosonda e manter ligados o VHF e dispositivos de posicionamento.
     

  • Se tiver telefone com câmera, ou outro dispositivo, filmar os animais, especialmente as barbatanas dorsais, para ser possivel identificá-las.

  • Quando depois de algum tempo não sentir pressão no leme e os animais se tiverem afastado, verificar se o leme orda e funciona.
     

  • Se detetar uma falha que impeça a navegação, solicitar reboque.

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  • Autorice que se transfira seu contato para especialistas em cetáceos para avaliar o seu caso.
     

  • Informação básica  a transmitir para as autoridades: Nome da embarcação - Dia e hora - Contato (telefone/email) - Posição (GPS/aproximada).

Tenha em conta que...

Com o que confundem o leme?

As orcas não confundem o leme com nada, sabem o que é, como se move e que efeito tem ao tocá-lo. A velocidade do navio e a resistência do leme fazem com que persistam na ação. Parar o movimento, desligar o motor e soltar o leme, faz com que percam o interesse, cessando a interação, na maioria das vezes

Com que tipo de embarcações mais interagem?
Atualmente, o tipo de embarcações com o qual mais interagem, são veleiros monocasco com menos de 15 metros de comprimento, com leme de pá, embora seja provavelmente o tipo mais comum de leme.


Todas as interações resultam em danos à nave?

Apenas 50% das naves com as quais interagem sofrem algum tipo de dano, geralmente no leme que é onde as orcas se concentram na maior parte do tempo. Dentro das embarcações que seguiram o protocolo em 2021, 53% das embarcações que não tiveram nenhum dano na embarcação foi por seguirem o protocolo de segurança.


O que podemos fazer quando temos uma interação?

Solte o leme e liberte-o, dado que ao baterem no leme debaixo de água podem fazer com que a roda do leme gire repentinamente fora de controle, e foi demonstrado que os animais tendem a bater no leme com mais força, pois sentem mais pressão sobre ele e os danos aos navios tendem a ser maiores.

 

As orcas podem ser estimuladas por ações humanas para interagir com o barco, por isso tente ficar fora de vista e não grite, não tente bater nelas, tocá-las ou atirar-lhe coisas.


As interações ocorrem em todos os momentos do dia ou da noite?

As interações foram registadas tanto durante o dia como à noite, embora mais interações se concentrem durante o dia.

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​A velocidade tem influência?

A velocidade média das embarcações com as quais interagem ronda os 6 nós, o que também corresponde à velocidade média deste tipo de embarcação (veleiros com menos de 15 metros), embora tenha sido registada uma interação numa embarcação estacionária, e mesmo num navio viajando a 25 nós. Mas nos barcos que não param, ou aceleram, o momento de rutura do leme pode ser inferior, pelo que interessa a velocidade.

A cor do cascso tem importa?

Não, foi relatado que as orcas interagem com todos os tipos de cores, embora sejam mais frequentes nas cores escuras.


Importa se está navegando à vela ou a motor? Ou se tem equipamento eletrónico?

De momento não há um padrão definido. Interagem, os navios à vela ou motorizados, ou ambos, embora o motor ligado parece chamar mais a sua atenção. Também com equipamentos, como ecosondas, ligados ou desligados

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As orcas atacam os humanos?

Não se conhecem ataques intencionais diretos a humanos. Em 2020, na Galiza, houve avistamentos nas praias com surfistas, sem incidentes ou interação da parte deles. Estas orcas não comem focas ou qualquer coisa que possa confundir humanos com comida.


Houve alguma agressão contra as orcas? 
Houve ataques intencionais ou não intencionais a orcas no passado, principalmente quando havia conflito de interesses entre orcas e humanos, geralmente quando orcas capturavam presas das artes de pesca. Vários ferimentos foram observados num indivíduo específico que estava a interagir com veleiros, mas de momento não temos certeza da origem desses ferimentos.    


Quais soluções imediatas podem ser disponibilizadas às pessoas que têm interações?

Não há soluções, esta é uma situação nova para todos, inclusive para as orcas, com a qual estamos lidando pela primeira vez. Os navios devem seguir as recomendações das autoridades marítimas de cada área e em todos os momentos. Não existem protocolos infalíveis


Por que as interações são rotuladas como ataques, se é certo que não é uma atividade agressiva?

Não há evidências de intenção agressiva no seu comportamento. As orcas não podem ser acusadas de viver em seu próprio ambiente, onde nós somos os intrusos.


Que medidas de mitigação foram tomadas contra essas interações?

Durante 2020, as embarcações à vela com menos de 15 metros foram proibidas nas águas da Galiza, onde se concentravam a maior parte das interações, sendo que este ano o mesmo foi feito nas águas do estreito de Gibraltar. Em Portugal, porque a maioria das interações foram com pequenos barcos semirrígidos, que são os típicos barcos utilizados para a observação de cetáceos, sobretudo no Algarve, o ICNF recomendou evitar a aproximação das orcas. Também foram dados alertas via rádio, através dos canais oficiais, da presença de orcas nas áreas de interação. Em caso de interação, foi elaborado um protocolo de segurança.

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